ESTA SEMANA O ASSUNTO É CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos).
A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame.
É o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colo-retal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
SINAIS E SINTOMAS
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
FATORES DE RISCO
- Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros.
- Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados).
- Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
COMO PREVENIR
A prevenção primária do câncer do colo do útero se dá pelo uso do preservativo (camisinha), uma vez que a transmissão do HPV ocorre por via sexual.
A prevenção secundária ocorre pela Vacinação contra o HPV. O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.